quinta-feira, 30 de junho de 2011

“Estes gnomos não me largam”, em exibição numa sala (sempre) perto de mim




Durante uma breve viagem a Glasgow, uma miúda, vamos chamar-lhe Descalça, vê uns marcadores de livros giríssimos e decide comprar um para oferecer a uma amiga, coleccionadora feroz dos mesmos. Uns dias depois, já no seu doce lar, telefonicamente, faz esta revelação à amiga que, seguindo o social e politicamente correcto, responde “- Ah, não era preciso, blá blá blá, fico à espera!”; “- Agora não tenho tido tempo de passar pelos ctt, mas na próxima semana envio-to!”; “- Ok!”
Descalça tem a certeza de que guardou este e outros souvenirs num sítio onde JAMAIS se esqueceria. Toda a casa foi revirada. Houve o feliz reencontro com outros objectos muito bem guardados, mas de Glasgow nem sinal. Algumas semanas mais tarde, Descalça recebe um telefonema de aniversário da amiga. O assunto Glasgow /marcador é evitado.

Drama actual: Descalça tem saudades de conversar com a amiga, mas não sabe se será preferível deixar o assunto cair no esquecimento ou confessar-lhe que coabita com gnomos marotos. Qualquer uma das hipóteses lhe parece bastante confrangedora.

(Descalça pensou apresentar esta questão à Maria, mas pareceu-lhe que não se enquadra na sua linha editorial e continua, por isso, a debater-se sozinha na árdua procura de uma solução rápida e eficaz.)